ANÁLISE DO SEXO NA IDADE DO PICO DE PERFORMANCE EM ATLETAS PROFISSIONAIS FUNDISTA E VELOCISTAS

Autores

  • THAYS COSTA DA SILVA Universidade Federal de Sergipe
  • PAULO EMMANUEL NUNES REZENDE
  • RAPHAEL FABRICIO DE SOUZA Universidade Federal de Sergipe,

Resumo

Introdução: A idade (ID) em que ocorre o pico de performance (PP) é determinada pela harmonia entre o treinamento físico, condições pessoais do atleta e especificidades da prova realizada. Provas de velocidade e fundo apresentam características próprias, assim como o sexo é determinante no desempenho físico. Objetivo: Avaliar e comparar a ID e o sexo no PP de atletas praticantes de provas de velocidade e fundo. Metodologia: Foram identificados em jogos olimpícos e campeonatos mundiais de atletismo ocorrido nos anos de 2009 até 2014, as ID de 960 atletas profissionais de ambos os sexos, que participaram de provas de velocidade (100m e 200m) e fundo (meia maratona e maratona), classificados entre os 20 melhores resultados em cada prova. Os grupos foram divididos de acordo com o sexo e tipo de prova: provas de velocidade masculino (GPVM) e feminino (GPVF); provas de fundo masculino (GPFM) e feminino (GPFF). Foi aplicado o teste t de Student para resultados paramétricos e o teste de Kruskal Wallis para os dados não paramétricos adotado um nível de significância de 5% (p˂0.05). Resultados: O grupo GPFF apresentou ID no PP significativamente superior em todos os anos quando comparado aos GPVM. Quando comparado ao GPVF, apresentou ID significativamente superior nos anos de 2009, 2011, 2012, 2013 e 2014. Quando comparado ao GPFM apresentou ID significativamente superior nos anos de 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014. Os grupos GPVF, GPVM e GPFM não apresentaram diferenças na ID do PP. Conclusão: Conclui-se que atletas de nível profissional do sexo feminino praticantes de provas de fundo podem apresentar a ID no PP superior a mulheres praticantes de provas de velocidade e a homens praticantes de provas de velocidade e fundo.

Referências

BARBANTI V.J. Exercícios aeróbicos. São Paulo: CLR Baliero 32-34 1985.

BERNE R.M., LEVY M.N. Fisiologia. 3.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996.

CANALI E.S., KRUEL L.F.M. Respostas Hormonais ao Exercício. Rer. Paulista de Educação Física, São Paulo, 15(2): 141-53, jul/dez. 2001.

CORTEZ P.H.P., CORTEZ J.A.A. Mulher e exercício físico. In Simões AC. Mulher & esporte. São Paulo 193-205 2003.

DAVID A. M., BELLA, Z. J., BERENSTEIN E., LOPES A. C., VAISBERG M. incidência da sindrome pré-menstrual na prática de Esportes. Rev Bras Med Esporte – Vol. 15, No 5 – Set/Out, 2009.

DRINKWATER B.L. Female endurance athletes. Champaign: Human Kinetics Publisher 41-157 1986.

FERBER R, DAVIS I.M, WILLIAMS D.S. III Gender differences in lower extremity mechanics during running. Clin Biomech 18: 350–357 2003.

GUYTON A.C., HALL J.E. Tratado de fisiologia médica. 9.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1997.

HOLLINGS S. C., HOPKINS W. G., HUME P. A. Age at Peak Performance of Successful Track & Field Athletes. Inter Jour of Sports Science & Coaching 9(4) 2014.

KENT L.M., MORTON D.P., RANKIN P.M., GOBBLE J.E., DIEHL H.A. Gender differences in effectiveness of the Complete Health Improvement Program (CHIP). J Nutr Educ Behav. 2015 47(1) 2015.

KLAFS C.E. A mulher atleta: guia de condicionamento e treinamento físico. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Editora Interamericana, 1981.

KNECHTLE B., ASSADI H., LEPERS R., ROSEMANN T., RÜST C.A. Relationship between age and elite marathon race time in world single age records from 5 to 93 years. BMC Sports Sci Med Rehabil. 31 2014.

KNECHTLE B., ZINGG A. M., ROSEMANN T., RUST C. A. Sex difference in top performers from ironman to double deca iron ultra-triathlon Open Access Journal of Sports Medicine 5 2014.

KRAEMER W.J., FLECK S. J., DZIADOS J. E., HARMAN E. A., MARCHITELLI L. J., GORDON S. E., MELLO R., FRYKMAN P. N., KOZIRIS L. P., TRIPLETT N. T. Changes in hormonal concentrations following different heavy resistance exercise protocols in women. Journal of applied physiology 76 1994.

MOTON R. H. A. Decline in Anaerobic Distance Capacity of Champion Athletes Over the Years? Inter Jour of Sports Science & Coaching 9 (5) 2014.

NADEAU M. Fisiologia aplicada a Atividade Física. In Conger P.R & Nadeau M. A mulher e atividade física. 2ª Ed. Rio de Janeiro Interamericana 13-25 1974.

PERREAULT L., LAVELY J.M., KITTELSON J.M., HORTON T.J. Gender differences in lipoprotein lipase activity after acute exercise. Obes Res. 12(2) 2004.

PHINYOMARK A., HETTINGA B.A., OSIS S.T., FERBER R. Gender and age-related differences in bilateral lower extremity mechanics during treadmill running. journal.pone 9;9(8) 2014.

POWERS S.K., HOWLEY E.T. Fisiologia do exercício. São Paulo Manole 2000.

PUHL, J.L; BROWN, C.H; VOY, R.O. Sport science perspectives for womem. Colorado: Human Kinectics publishers 1-48 1985.

RÉ A.H.N.; BOJIKIAN L.P.; TEIXEIRA C.P.; BÖHME M.T.S. Relações entre crescimento, desempenho motor, maturação biológica e idade cronológica em jovens do sexo masculino. Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, 19 (2) 2005.

RIDDELL M.C., PARTINGTON S.L., STUPKA N., ARMSTRONG D., RENNIE C., TARNOPOLSKY M.A. Substrate utilization during exercise performed with and without glucose ingestion in female and male endurance trained athletes. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 3(4) 2003

ROEPSTORFF C, STEFFENSEN C.H, MADSEN M., Gender differences in substrate utilization during submaximal exercise in endurancetrained subjects. Am J Physiol Endocrinol Metab. 282(2) 2002

ROMER T., RUST C.A., ZINGG, M.A, ROSEMANN, T., KNECHTLE B. Age and ultra-marathon performance – 50 too 1.000 km distances from 1969 – 2012. SpringerPlus 3:693 2014.

ROMER T, RÜST C.A, ZINGG M.A, ROSEMANN T, KNECHTLE B. Age and ultra-marathon performance - 50 to 1,000 km distances from 1969 - 2012.Springerplus. 25;3 2014.

RUST, C.A., ZINGG, M.A., ROSEMANN, T., KNECHTLE, B. Will the age of peak ultra-marathon performance increase with increasing race duration? Sports Science, Medicine & Rehabilitaion, 6:36 2014.

SCOOTT C.B. Combustion, respiration and intermittent exercise: a theoretical perspective on oxygen uptake and energy expenditure. Biology (Basel). 28;3(2) 2014.

SEIONO S. , SHINKAI S, FUJIWARA Y., OBUCHI S., YOSHIDA H., HIRANO, H., KIM H.K., T

ISHIZAKI T., TAKAHASHI R. Reference Values and Age and Sex Differences in Physical Performance Measures for Community-Dwelling Older Japanese: A Pooled Analysis of Six Cohort Studies PLOS ONE 9(6) 2014

SILVA N.P. Ginástica feminia. São Paulo: CIA. Brasil Editora 16-25 1970.

STARON R.S., HERMAN J.R., SCHUENKE M.D. Misclassification of hybrid fast fibers in resistance-trained human skeletal muscle using histochemical and immunohistochemical methods. J Strength Cond Res. 26(10) 2012.

TARNOPOLSKY LJ, MACDOUGALL JD, ATKINSON SA, TARNOPOLSKY MA, SUTTO JR. Gender differences in substrate for endurance exercise. J Appl Physiol. 68(1)1990.

VASCONCELOS P. N., SANTOS T.M.P., VASCONCELOS S. M. L. Consumo de Ferro e Anemia em Mulheres Hipertensas e/ou Diabéticas. Rev Bras Cardiol. 26(1) 2013.

Downloads

Publicado

2016-05-10

Como Citar

SILVA, THAYS COSTA DA; REZENDE, PAULO EMMANUEL NUNES; SOUZA, RAPHAEL FABRICIO DE. ANÁLISE DO SEXO NA IDADE DO PICO DE PERFORMANCE EM ATLETAS PROFISSIONAIS FUNDISTA E VELOCISTAS. Revista Carioca de Educação Física, [S. l.], v. 10, 2016. Disponível em: https://revistacarioca.com.br/revistacarioca/article/view/14. Acesso em: 20 maio. 2025.