O TEATRO DO OPRIMIDO COMO POSSIBILIDADE PARA A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
Resumo
Pensar e concretizar uma educação que contemple diversos aspectos característicos do mundo e do momento em que vivemos, com certeza não é tarefa simples. Diante de tal perspectiva, pensou-se o Teatro do Oprimido (TO), como possibilidade de intervenção pedagógica nas aulas de educação física escolar, pois que, para além das questões corporais trazidas por tal atividade, há também uma diversidade de abordagens possíveis no sentido de uma educação transformadora. Para que se possa ampliar nosso olhar, procuraremos pontos afins entre o pensamento de Augusto Boal (criador do TO) e o de diferentes autores(as) que tratem as questões da Educação sob uma ótima humanizada. O objetivo deste trabalho é apresentar o Teatro do Oprimido (TO) como alternativa viável, enquanto intervenção pedagógica, a ser contemplada pela Educação Física Escolar. Interessante ressaltar, que embora o TO trate de assuntos sérios e densos, sua abordagem pode ser extremamente lúdica, prazerosa e pode trazer leveza tanto para a aula, quanto para as relações interpessoais. Um dos principais motivos que levaram à escolha do TO, foi a percepção do quanto os pensamentos de Augusto Boal se afinam com os de Paulo Freire e de outros(as) autores(as). Encontrar tais afinidades nos discursos e na escrita de cada autor ganha importância ainda maior, quando conseguimos transpor para nossa prática pedagógica, atitudes necessárias e coerentes com o compromisso enquanto educador. Não há dúvidas de que, mais do que indagar se é possível ou não pensar numa educação para a humanização do ser através do uso do TO, é perceber o quanto crescemos no decorrer de toda essa aprendizagem.
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Vídeo
Augusto Boal: https://www.youtube.com/watch?v=c-LE9kXutRw
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