PERFIL NUTRICIONAL DE GARIS DO MUNICÍPIO DE CARIACICA, ES

Autores

  • Marcos Vinicius Pereira Foli Faculdade Pitágoras - Campus Guarapari
  • Marcus Oliveira Oliveira Faculdade Pitágoras - Campus Guarapari
  • Marieli Pereira Gottardo Faculdade Pitágoras - Campus Guarapari
  • Victor Caetano Hanges Faculdade Pitágoras - Campus Guarapari

Resumo

Introdução: O gari é o trabalhador responsável pela limpeza urbana.  Seu perfil alimentar é influenciado por aspectos culturais e socioeconômicos. O PAT visa e prioriza a alimentação de trabalhadores através da normatização de exigências nutricionais. Objetivo: Descrever o estado nutricional e os determinantes de saúde de garis no município de Cariacica, ES. Metodologia: Foram avaliados oitenta e nove garis. Foram coletadas medidas antropométricas como peso, altura, circunferência da cintura, percentual de gordura corporal que foram avaliados segundo índice de massa corporal conforme parâmetros da OMS e Pollock. Foram analisados, após registro em questionário semi-estruturado, o consumo de álcool, tabagismo, prática de atividade física. Para conhecimento do consumo alimentar foi aplicado o recordatório de 24 horas. Resultados: As informações produzidas pelos dados, sobre os garis, norteiam ao risco de desenvolvimento de doenças provocadas pela prevalência de um estilo de vida caracterizado por consumo alimentar inadequado (94%), sedentarismo (59,6%), consumo de tabaco (41,6% e 60,7%) e álcool e presença de sobrepeso em 37% da amostra. Conclusão: Os resultados mostram a necessidade do estabelecimento de ações de promoção da saúde, onde os trabalhadores tenham acesso a informações sobre hábitos saudáveis de vida. É responsabilidade pública investir em ações de promoção da saúde e de bem estar do cidadão para redução dos determinantes de doenças crônicas. 

Referências

Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Banco de dados das cidades: Cariacica – ES. http://www.ibge.com.br/cidadessat/default.php (acessado em 24/Ago/2007).

Ministério da Saúde. Brasil. Indicadores municipais de saúde: Saneamento. http://www.portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/tabfusion.cfm (acessado em 24/Ago/2007).

Ferreira, ABH. Minidicionário Aurélio da língua portuguesa. Editora Nova Fronteira, 3ª edição. Rio de Janeiro – RJ, 1993, página 577.

Velloso MP, Valadares JC, Santos EM. A coleta de lixo domiciliar na cidade do Rio de Janeiro: um estudo de caso baseado na percepção do trabalhador. Revista Ciência & Saúde 1998; 3 (2): 143-150.

Astrand PO, Rodahl K. Capacidade para o trabalho físico. In: Astrand PO, Rodahl K, organizador. Tratado de Fisiologia do exercício. Rio de Janeiro: Editora Interamericana; 1980. p. 265-303.

Ministério do Trabalho e do Emprego. Programa de alimentação do Trabalhador: Benefícios do trabalhador do PAT. http://www.mte.gov.br/empregador/pat/ conteudo/beneficios.asp (acessado em 23/Ago/2006).

Ministério do Trabalho e do Emprego. Programa de alimentação do Trabalhador: Exigências Nutricionais. http://www.mte.gov.br/empregador/pat/conteudo/ exigencias.asp (acessado em 23/Ago/2006).

Stolarczyk L, Heyward HV. Avaliação da composição corporal aplicada. São Paulo. Editora Manole, 2000. p 23-46; 73-98.

WHO (World Health Organization). Physical status: the use and interpretation of antropometry. WHO Technical Report Series, nº-854. Geneve: WHO.

Kamimura MA, Baxmann A, Sampaio LR, Cuppari L. Avaliação Nutricional. In: Cuppari L. Guia de medicina ambulatorial e hospitalar: nutrição clínica do adulto. Barueri. Editora Manole, 2005. p 89-127.

Ramalho RA, Saunders C. O papel da educação nutricional no combate às carências nutricionais. Revista de Nutrição, 2000; 13 (1): 11-16.

Guimarães AZ. As mulheres e a direção do consumo doméstico. In: Colcha de retalhos: estudo sobre a família no Brasil. São Paulo. Editora Brasiliense, 1982.

Ell E, Camacho LAB, Chor D. Perfil antropométrico de funcionários de banco estatal no estado do Rio de Janeiro/Brasil: I – índice de massa corporal e fatores sócio-econômicos. Caderno de Saúde Pública, 1999; 15 (1): 113-121.

Sichieri R, Castro JFG, Moura AS. Fatores associados ao padrão do consumo alimentar da população brasileira. Caderno de saúde Pública, 2003; 19 (1 suppl): S46-S53.

Castro JFG. Padrões de consumo alimentar e índices de massa corporal nas regiões nordeste e sudeste do Brasil [Dissertação de mestrado]. Rio de Janeiro: Instituto de medicina social, Universidade do estado do Rio de Janeiro; 2001.

Neumann AIC, Shirassu MM, Fisberg RM. Consumo de alimentos de risco e proteção para doenças cardiovasculares entre funcionários públicos. Revista de Nutrição, 2006; 19 (1): 19-28.

Ministério da Saúde. Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico (VIGITEL BRASIL 2006). Ministério da Saúde, 2007.

Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer (INCA). Inquérito Domiciliar sobre comportamentos de risco e morbidade referida de doenças e agravos não transmissíveis. INCA, 2004.

Santos CRB, Portella ES, Ávila SS, Soares EA. Fatores dietéticos na prevenção e tratamento de comorbidades à síndrome metabólica. Revista de Nutrição, 2006; 19 (3): 389-401.

Secretaria de Salud do México. Proyeto VIDA (Veracruz Iniciative for Diabetes Awarences). Secretaria de Salud do México, 2004.

Castro MBT, Anjos LA, Lourenço PM. Padrão dietético e estado nutricional de operários de uma empresa metalúrgica do Rio de Janeiro, Brasil. Caderno de Saúde Pública, 2004; 20 (4): 926-934.

Barros MBA, Cezar CG, Carandina L, Torre GD. Desigualdades sociais na prevalência de doenças crônicas no Brasil, PNAD 2003. Revista Ciência & Saúde, 2006; 11 (4): 911-926.

WHO (World Health Organization). International consultation o tobacco and youth – what in the world works? In: Final Conference Report. Singapore: WHO, 1999. In: Inquérito Domiciliar sobre comportamentos de risco e morbidade referida de doenças e agravos não transmissíveis. INCA, 2004.

WHO (World Health Organization). Dieta, nutrición y prevención de enfermidades crônicas:Informes técnicos, 797. Genebra, 1990. In: Martins IS et al. Estado nutricional de grupamentos sociais da área metropolitana de São Paulo, Brasil. São Paulo. Caderno de Saúde Publica, 1999; 15 (1): 71-78.

Cervato AM, Nazzilli RN, Martins IS, Marrucci MFN. Dieta habitual e fatores de risco para doenças cardiovasculares. Caderno de Saúde Pública, 1995; 31: 227-231.

Martins IS, Melendez GV, Cervato AM. Estado nutricional de grupamentos sociais da área metropolitana de São Paulo, Brasil. São Paulo. Caderno de Saúde Publica, 1999; 15 (1): 71-78.

Monteiro CA, Conde WL, Castro IRR. A tendência cambiante na relação entre escolaridade e o risco de obesidade no Brasil (1975-1997). Caderno de Saúde Pública, 2003; 19 (1 suppl): S67-S75.

Downloads

Publicado

2016-05-10

Como Citar

FOLI, Marcos Vinicius Pereira; OLIVEIRA, Marcus Oliveira; GOTTARDO, Marieli Pereira; HANGES, Victor Caetano. PERFIL NUTRICIONAL DE GARIS DO MUNICÍPIO DE CARIACICA, ES. Revista Carioca de Educação Física, [S. l.], v. 10, 2016. Disponível em: https://revistacarioca.com.br/revistacarioca/article/view/26. Acesso em: 20 maio. 2025.